Acessibilidade


25/05/21 - Pagamentos das faturas da Caesb não serão mais aceitos em lotéricas a partir de 26/5

Clientes poderão realizar a quitação das contas em 8 bancos conveniados


A partir desta quarta-feira (26), os clientes da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) não poderão pagar suas contas de água e esgoto nas agências lotéricas ou, caso sejam clientes da Caixa Econômica Federal (CEF), por meio dos guichês da instituição bancária, correspondentes bancários, autoatendimento, site ou contas que estejam em débito automático.

Os clientes deverão pagar as faturas em oito bancos conveniados que continuarão aceitando os pagamentos da Companhia. São eles: Banco do Brasil e seus correspondentes bancários, Santander, Banco de Brasília e seus correspondentes bancários, Bradesco, Itaú, Mercantil, Safra e Bancoob.

Tal mudança no pagamento das faturas ocorreu pois a Caixa Econômica Federal (CEF) encaminhou, somente no dia 21 de maio, a documentação de adesão ao Chamamento Público, aberto pela Caesb, para a contratação do serviço de arrecadação bancária de contas, atendendo à Lei nº 13.303/2016. O processo de credenciamento está em andamento e está previsto para ser finalizado no dia 16 de junho. 

Até a assinatura do contrato, a Caesb sugere aos clientes da Caixa Econômica Federal – que utilizam o débito automático em conta-corrente –, que retirem a segunda via da conta pelo aplicativo da Companhia disponível em sistema IOS e Android ou pelo site no endereço https://www.caesb.df.gov.br/portal-servicos/ e façam o pagamento em outro estabelecimento bancário.

Aos clientes que realizam o pagamento nas lotéricas, a sugestão é que busquem o banco mais próximo conveniado para quitação da fatura.

Serviço:

Para solicitar a segunda via da conta da Caesb:

- Site oficial: https://caesb.df.gov.br/portal-servicos/

- Para baixar o aplicativo da Caesb no celular:

IOS: https://apps.apple.com/br/app/caesb-autoatendimento/id1003831993

Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.df.caesb.mobile


Saiba Mais

Clientes da Caixa Econômica Federal devem pagar faturas da Caesb em outros estabelecimentos bancários

 

26/05/21 - Período de seca chega ao DF e reforça necessidade do uso racional da água

Hábitos simples do dia a dia podem garantir segurança hídrica para os próximos meses

 


O período de estiagem chegou ao Distrito Federal. A seca deve se prolongar até o mês de setembro. Com a ausência da chuva e a queda da temperatura, o inverno seco, típico do cerrado, vai predominar, como é característico do clima de Brasília. Além dos efeitos sentidos pelos moradores, é importante lembrar que a falta de chuva reduz a quantidade de água nos córregos e rios. E os reservatórios do Descoberto e de Santa Maria/Torto, que abastecem cerca de 80% da população do DF, perdem, naturalmente, volume. Sendo assim, é ainda mais importante fazer o uso racional da água.

O maior reservatório do DF, o do Descoberto, verteu continuamente entre 15 de fevereiro e 15 de maio. Já o de Santa Maria verteu entre os dias 14 de fevereiro e 16 de março, atingindo novamente seu nível máximo em 20 de abril. Os altos índices representam segurança hídrica para o DF atravessar o período da seca, mas é preciso manter os hábitos de consumo consciente da água.

A Caesb trabalha no monitoramento constante para garantir a segurança hídrica. No entanto, é importante que toda a população se envolva e faça o uso racional da água, evitando desperdício. Pequenas ações do dia a dia contribuem substancialmente na preservação deste recurso finito. Fazer reúso de água em casa, reduzir o banho ou, até mesmo, não usar mangueira para lavar a calçada e o carro são atitudes conscientes e que fazem a diferença.

Técnicos da Caesb explicam o trabalho que vem sendo realizado pela Companhia e a importância da conscientização da população neste período de estiagem. Confira:

- Quais são as medidas que vêm sendo tomadas para mitigar os efeitos da seca e garantir a segurança hídrica para a população do DF:
Segundo o gerente de Planejamento e Controle Operacional da Empresa, Cristiano Gouveia, a Caesb destina esforços em diferentes linhas de atuação para promover a segurança hídrica à população do DF. As ações vão desde a ampliação de sistemas produtores de água, passando pela instalação ou reforma de unidades operacionais, ações para controle e redução de perdas, educação ambiental, proteção de mananciais, automação de processos industriais, entre outras.

- Como o usuário pode contribuir para não impactar na diminuição dos níveis dos reservatórios e manter a economia de água no DF?
As analistas da Gerência de Gestão Ambiental Corporativa da Caesb, Karina Bassan e Erika Radespiel, explicam que, para que se faça a verdadeira gestão sustentável deste recurso, é preciso pensar de forma mais abrangente e sistêmica, repensando também os hábitos de consumo. São várias ações que devem ser adotadas no dia a dia. Entre elas:

• Verificar regularmente possíveis vazamentos em casa;
• Irrigar as plantas com regador ao invés de mangueira;
• Quem tem áreas externas, preferir plantas nativas do Cerrado, que são mais resistentes e demandam menos água;
• Usar aeradores de torneira que consomem menos água;
• Retirar os restos de comida da louça a ser lavada e usar uma bacia para colocar a louça enquanto passa o sabão. E enxaguar todas de uma vez;
• Quem tem piscina, mantê-la coberta fora do período de uso;
• Usar baldes para lavar o carro, janelas, etc;
• Reaproveitar a água da lavagem de roupas para lavar pisos e áreas externas;
• Juntar várias peças de roupas sujas para usar a máquina de lavar apenas uma vez.

Além dessas dicas, é preciso pensar na água invisível, que é a água despendida para consumo de produtos e serviços, utilizada na produção de alimentos, na indústria, no comércio e lazer, por exemplo. É importante compreender que o cuidado e a responsabilidade com a água não se restringem apenas àquela fornecida nas torneiras, mas em toda a cadeia de consumo.

- Como o período de seca impacta nos níveis dos nossos reservatórios?
O gerente Cristiano Gouveia alerta que, à medida em que o período de seca se intensifica no DF, a disponibilidade hídrica nas captações a fio d’água (sem reservação) diminui. Então, os reservatórios (que acumularam água no período de chuva), precisam fornecer mais água para complemento da demanda. Assim, é natural que durante o período de seca os níveis dos reservatórios caiam.

- Qual é a estratégia utilizada pela Companhia como enfrentamento do período de estiagem no que diz respeito aos reservatórios?
Segundo Cristiano Gouveia, a Caesb opera seus reservatórios em busca de armazenar o maior volume de água possível durante a época de chuvas no DF. Durante esse período, a preferência em termos de captação é a fio d’água (sem reservatório). Dessa forma, busca-se iniciar o período de seca com bons volumes reservados nos lagos Descoberto e Santa Maria, além do Lago Paranoá, que passou a ser um manancial para o abastecimento de água no DF em 2017. Dependendo do comportamento durante o período de seca e da recuperação de cada um desses reservatórios no período chuvoso anterior, a Caesb pode realizar modificações na forma de utilização dos mananciais, preservando aquele que esteja em situação de maior vulnerabilidade.

- Em média, em quanto aumenta o consumo de água no DF no período de seca? Como a população pode controlar o uso da água?
Em termos gerais no DF, os meses de maior consumo possuem um acréscimo de aproximadamente 7% em relação à média anual. Entretanto, algumas regiões demandam acréscimos superiores à média do DF, obtendo incrementos da ordem de 10%. A população deve sempre fazer a sua parte e utilizar a água de forma racional e evitar os desperdícios.

- Como está a disponibilidade hídrica das pequenas captações? Houve investimentos em 2020?
Os boletins de monitoramento das pequenas captações, até então, indicam que 2021 poderá ser um ano de boas vazões. As observações de março deste ano apresentaram valores próximos ou superiores aos percebidos em março de 2020 (que foi um ano com boa disponibilidade hídrica). Além disso, é possível afirmar que foram realizados importantes investimentos na melhoria dos sistemas. O período de estiagem de 2021 contará com a operação de melhorias executadas, e outras em execução, que reforçarão os sistemas com maior dependência de captações a fio d’água no DF, localizadas em Sobradinho, Planaltina, Jardim Botânico e São Sebastião.

- E na área rural? Como produtores e agricultores podem contribuir para o uso racional de água?
O superintendente de produção de água da Caesb, Diogo Gebrim, alerta que, além dos cuidados de uso racional de água a serem observados nas áreas urbanas, os produtores e agricultores devem evitar o uso de água potável para fins não domésticos (como irrigação e dessedentação de animais). Eles devem também procurar culturas e atividades agrícolas que sejam compatíveis com a disponibilidade hídrica da região. É preciso manter o bom funcionamento de eventuais sistemas de irrigação e buscar orientação técnica para o correto dimensionamento e uso desses sistemas.

Histórico
Em outubro de 2020, a Caesb iniciou uma campanha de Uso Consciente de Água, em seu site e em seu perfil oficial no Instagram, com os dizeres: “Economize Água. Seja Consciente”. A campanha educativa prevê a divulgação de informações, dicas, matérias, entrevistas e outras estratégias de comunicação reforçando a importância do uso racional deste recurso.

Para identificar que o material faz parte da campanha permanente, a Caesb criou um selo com a marca da ação. Ele será aplicado em todas as peças gráficas e de vídeo que serão divulgadas pela Empresa de saneamento. Nas redes sociais, também será usada a #CaesbEduca para identificar os materiais.


28/05/21 - Caesb retoma atendimento presencial e reabre escritórios regionais

Atendimento nos Escritórios Regionais será mediante agendamento, que é feito pelo PORTAL DE SERVIÇOS, clique aqui 

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) irá retomar suas atividades de forma presencial a partir do dia 1º de junho, próxima terça-feira. Desde o dia 15 de março, os empregados da Companhia vinham exercendo suas atividades em regime de teletrabalho, atendendo aos atos normativos do Poder Executivo, em especial ao Decreto nº 41.853, publicado no Diário Oficial do DF em 2 de março de 2021. O Decreto estabeleceu regime de teletrabalho evitando, assim, aglomeração nas unidades da Companhia e garantindo a saúde de empregados e usuários dos serviços da Empresa.

O retorno presencial exclui os empregados e colaboradores que estejam enquadrados no grupo de risco, sem o protocolo completo de vacinação, e as gestantes. Os empregados deverão seguir o Protocolo de Retorno enviado a eles, com as informações necessárias para um retorno seguro e responsável.


O atendimento presencial nos Escritórios Regionais da Caesb é realizado somente por meio de agendamento, que é feito no site da Caesb, clicando no banner do PORTAL DE SERVIÇOS, que está na página inicial, ou diretamente no endereço: https://caesb.df.gov.br/portal-servicos/. "É importante reforçar que todos os serviços presenciais também estão disponíveis nas plataformas digitais e os usuários devem priorizar esse tipo de atendimento, zelando pela saúde e segurança”, declara o superintendente de Comercialização da Caesb, Diego Rezende.

Desde o início da pandemia, a Caesb investe nos atendimentos digitais para facilitar o acesso dos usuários aos serviços prestados. Durante o período em que o atendimento presencial esteve suspenso, todos os serviços oferecidos pela Empresa puderam ser solicitados nos meios virtuais, como site, aplicativo nos sistemas IOS e Android, central telefônica (telefone 115) e, mais recentemente, por meio da atendente virtual Iara, que está disponível no site da Caesb e auxilia nas demandas dos usuários.

Pelo aplicativo de autoatendimento, disponível para download nos sistemas IOS e Android, os usuários podem informar vazamento na rua, solicitar revisão ou segunda via de contas, alteração de titularidade e vencimento, desobstrução de esgoto, além de informações sobre consumo de água, consulta de protocolos, entre outras opções.

O site oficial da Caesb disponibiliza atendimento para parcelamento de débitos, 1ª ligação de água, autoleitura, religação de água, ressarcimento de danos, interferência de rede e situação de débito, entre outras opções.

A Central de Relacionamento com o Cliente, pelo telefone 115, é outro canal que pode ser utilizado. O ouvidor da Caesb, Eduardo Soares, reforça que a Central 115 dispõe de uma série de autosserviços em modo digital, facilitando a vida do cliente que optar pelo contato telefônico. “Dentro da Central 115 existe uma ferramenta que facilita o acesso aos serviços, conhecida como URA – Unidade de Resposta Audível. Ao ligar para a Central, o usuário é atendido pelo robô que oferta serviços e informações diversas, como: consulta de débitos pendentes e segunda via de contas; revisão de contas; consulta de falta de água; solicitação de desobstrução de esgoto; solicitação de conserto de vazamento de água (no hidrômetro e na rua); consulta do andamento de protocolos; informações sobre tarifa social, alteração de titularidade e protesto de contas”, destaca Eduardo Soares.

 

Conheça os canais de atendimento ao cliente:

31/05/21- Consumidor consciente recebe bônus-desconto na conta de água

Caesb devolverá R$ 11 milhões aos usuários que economizaram água


Utilizar água de forma racional é dever de todo cidadão. E, no Distrito Federal, essa prática sustentável gera benefícios aos usuários com a aplicação do bônus-desconto. A partir do mês de junho, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) concederá o benefício de 20% aos clientes que reduziram o consumo de água entre os anos 2019 e 2020, após apurado o consumo mês a mês.

Os clientes da Caesb que tiverem direito ao bônus já receberam o comunicado juntamente com a fatura deste mês. Este é 11º ano consecutivo em que a Companhia atende à Lei Distrital nº 4.341/2009, e à Resolução nº 06/2010, da Adasa.

Segundo o superintendente de Comercialização da Caesb, Diego Rezende, a Companhia irá devolver R$ 11.841.826,57, a 518 mil clientes, a partir de junho. “No ano passado, o bônus concedido aos usuários foi de R$ 8 milhões. Se compararmos com a devolução deste ano, podemos identificar que os usuários têm adotado práticas racionais do uso da água e isso contribui na preservação deste recurso finito”, reforça Diego.

Desde setembro de 2009, a Companhia encaminha informações da legislação que dispõe sobre o incentivo à redução do consumo de água no DF, no verso da fatura. O período de apuração do bônus-desconto para este ano é de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. O bônus será concedido conforme o valor a que o cliente direito a receber, seguindo o cronograma abaixo:

Critério para Devolução (valor a ser devolvido)

Mês

Total

Quantidade

Valor Total

Valor menor que R$ 8,75

06/2021

263.358

R$ 1.035.942,51

Valor maior ou igual a R$ 8,75 e valor menor que R$ 15,00

07/2021

93.719

R$ 1.090.305,57

Valor maior ou igual a R$ 15,00 e valor menor que R$ 22,75

08/2021

58.144

R$ 1.088.615,07

Valor maior ou igual a R$ 22,75 e valor menor que R$ 32,50

09/2021

37.976

R$ 1.036.233,08

Valor maior ou igual a R$ 32,50 e valor menor que R$ 47,00

10/2021

27.751

R$ 1.078.444,73

Valor maior ou igual a R$ 47,00 e valor menor que R$ 72,00

11/2021

18.807

R$ 1.078.255,16

Valor maior ou igual a R$ 72,00 e valor menor que R$ 135,00

12/2021

11.491

R$ 1.088.391,22

Valor maior ou igual a R$ 135,00 e valor menor que R$ 360,00

01/2022

5.240

R$ 1.081.953,11

Valor maior ou igual a R$ 360,00 e valor menor que R$ 1.220,00

02/2022

1.781

R$ 1.088.814,92

Valor maior ou igual a R$ 1.220,00 e valor menor que R$ 6.500,00

03/2022

454

R$ 1.092.996,34

Valor maior ou igual a R$ 6.500,00

04/2022

71

R$ 1.081.874,86

Total

518.792

R$ 11.841.826,57


Como funciona o cálculo

No mês de maio, a Caesb envia ao titular da conta que reduziu seu consumo um demonstrativo contendo as informações:

• volume economizado em metros cúbicos no período de apuração;

• volume básico de cálculo do bônus-desconto em metros cúbicos;

• tarifa inicial da categoria, em reais por metro cúbico vigente na data e

• valor do bônus-desconto em reais e a forma de concessão do bônus.

O valor será calculado multiplicando a tarifa inicial da categoria em que o usuário está enquadrado, por 20% do somatório dos volumes mensais economizados no período de 12 meses de apuração.

Dicas de uso racional da água

A contribuição de cada pessoa para o uso racional e consciente da água pode ir além de diminuir o tempo no banho, fechar corretamente a torneira após o uso e usar vassoura ao invés da mangueira quando for limpar. O reuso de água da chuva ou da máquina de lavar, por exemplo, são ótimas opções e auxiliam a economizar.

Neste período de estiagem o objetivo da Companhia é alertar e sensibilizar a população para o consumo racional da água. Além disso, combater o desperdício também é uma prática que deve ser sempre observada.

Confira em nosso site o material educativo para o uso racional da água e também acompanhe em nosso perfil no Instagram as dicas para preservar este recurso tão precioso. O meio ambiente agradece!

 

01/06/21 - Rede de monitoramento COVID Esgotos conta com apoio da FAPDF para rastrear coronavírus em Brasília

No DF, o projeto conta com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

*Com informações da Agência Nacional de Águas e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF)


Divulgado na última semana pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Boletim de Acompanhamento nº 01/2021 da Rede Monitoramento COVID Esgotos, com dados até 13 de maio, semana epidemiológica 19, identificou uma redução da carga viral do novo coronavírus tanto em Belo Horizonte quanto em Brasília na última medição. O documento foi divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA), que coordena a Rede Monitoramento COVID Esgotos.

Com um histórico de medições iniciado em abril deste ano, Brasília apresentou uma carga de 7,7 trilhões de cópias do novo coronavírus por dia, em 13 de maio, em oito estações de tratamento de esgotos (ETEs), que atendem à cerca de 80% da população do Distrito Federal. Esta é a menor carga do novo coronavírus observada no esgoto do DF, que chegou a registrar quase 200 trilhões de cópias por dia em 15 de abril. Desde então, os valores vêm caindo a cada semana, mas as cargas virais permanecem elevadas.

Na semana epidemiológica 19 (9 a 15 de maio), quatro dos oito pontos monitorados no Distrito Federal apresentaram uma carga viral acima de 25 mil cópias do vírus por litro: ETE Gama, ETE Planaltina, ETE Riacho Fundo e ETE Samambaia. Na semana 18 (2 a 8 de maio), essa situação foi observada em sete dos oito pontos, com a exceção da ETE Brasília Sul, que recebe esgotos de mais de 916 mil habitantes e é a maior estação de tratamento de esgotos no DF.

Em Brasília, o projeto conta com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa conta com atuação de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e parceria da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

A professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (ENC) da UnB Cristina Brandão atua no trabalho de monitoramento e é a coordenadora do projeto de pesquisa aprovado junto à FAPDF. Ela explica que a utilização da ferramenta de epidemiologia baseada no esgoto é importante para permitir rastrear o caminho do vírus, identificar regiões com maior incidência, inclusive com mais rapidez do que a partir da testagem de pessoas. “Os testes mostram a situação, geralmente, daqueles indivíduos que manifestaram sintomas e buscaram realizar o diagnóstico. Mas, ao analisar o esgoto, é possível seguir o rastro do vírus em toda a população, já que é comprovado que os portadores do coronavírus excretam carga viral”, explica.

A pesquisadora destaca que não há possibilidade de contaminação pelo esgoto, pois o conhecimento científico mostra que o vírus não se mantém ativo nesse ambiente. No entanto, é possível, pelo mapeamento de RNA das amostras coletadas, identificar por onde ele passou, em quais regiões ele se encontra em maior concentração, entre outras informações que podem embasar a tomada de decisões no enfrentamento da pandemia.

Epidemiologia com base em esgoto é uma ferramenta que já vem sendo utilizada para outras finalidades. É o caso do rastreamento de drogas para fornecer informações estratégicas à Polícia Federal. O professor Fernando Sodré, do Instituto de Química da UnB, realiza essa pesquisa e é parceiro no trabalho de monitoramento de Covid-19 em Brasília. “Nós, aqui no ENC/UnB, tínhamos equipamentos necessários para essa pesquisa e o professor Sodré já tinha expertise com essa ferramenta epidemiológica, então nós unimos forças”, explicou Cristina Brandão.

Ela destaca, ainda, que o foco atual do monitoramento é a Covid-19, em virtude da pandemia e seu caráter de emergência sanitária. No entanto, a metodologia pode ser utilizada para monitoramento de diferentes organismos patogênicos. “Um dos objetivos dessa rede é funcionar como método de monitoramento para outras ameaças e fornecer informações qualificada aos órgãos competentes, podendo inclusive alertar antes que uma nova epidemia se instale”, completou Brandão.

Hoje, em Brasília, a Rede de Monitoramento Covid Esgotos contempla oito ETEs, o que equivale a cerca de 80% das Regiões Administrativas. Para a realização desse trabalho, a equipe conta com a parceria essencial da Caesb. São eles que realizam as coletas semanais de amostras e as entregam à equipe de estudos da UnB. A Companhia também fornece, semanalmente, dados sobre a vazão de esgoto das ETEs, informações essenciais para a realização do monitoramento e a geração de resultados e indicadores.

“O trabalho é fruto de mais uma parceria bem-sucedida entre a Caesb e UnB que, historicamente, atuam conjuntamente em pesquisas importantes nas áreas de saneamento ambiental, recursos hídricos, meio ambiente e saúde pública. No DF, esse estudo se torna ainda mais representativo e promissor devido ao fato de a Caesb possuir elevada cobertura do sistema de esgotamento sanitário: 91% dos habitantes possuem coleta e tratamento de esgoto, permitindo que essa população atendida seja monitorada”, explica Fuad Moura Guimarães Braga, chefe da Assessoria de Projetos Especiais e Novos Negócios da Caesb.

Ele destaca que a alta cobertura do sistema de esgotamento é um dos fatores que aponta o potencial do projeto para subsidiar as políticas de enfrentamento e gestão. “A quantificação da carga viral do coronavírus no esgoto bruto apresenta-se como uma alternativa ao monitoramento da Pandemia de Covid-19, sendo um procedimento complementar à testagem clínica em massa da população, por exemplo. Os resultados iniciais indicaram um comportamento similar com relação à variação da concentração do SARS-CoV-2 detectada no esgoto bruto e o número de casos confirmados de Covid-19 informado pela Secretaria de Saúde do DF, ao longo das semanas epidemiológicas avaliadas, reforçando o que já foi observado em outras cidades do Brasil e do mundo que praticam esse tipo monitoramento”.

Situação em outras capitais

Já em Belo Horizonte, apesar da diminuição observada, a carga viral na capital mineira permanece num patamar elevado e, em 11 de maio, chegou a 4,4 trilhões de cópias do novo coronavírus por dia. Este é o menor valor desde 13 de outubro de 2020, quando foram registrados 1,6 trilhão de cópias no esgoto de Belo Horizonte com base no monitoramento realizado em duas estações de tratamento de esgoto (ETEs), que atendem a cerca de 70% da população belo-horizontina.

Dentre os seis pontos considerados em Belo Horizonte, em dois deles a concentração de novo coronavírus se manteve elevada – acima de 25 mil cópias por litro – na semana epidemiológica 19 (de 9 a 15 de maio) nos interceptores dos córregos Cardoso e Vilarinho. Na semana epidemiológica 18 (2 a 8 de maio), cinco dos seis pontos registraram mais de 25 mil cópias por litro, conforme o Boletim nº 01/2021.

Diferente de Belo Horizonte e Brasília, Curitiba registrou aumento nas cargas virais observadas nas últimas quatro semanas. Em 11 de maio, foram registradas 12,6 trilhões de cópias do novo coronavírus por dia, um patamar ainda elevado. Esse total considera as cargas medidas nas cinco ETEs monitoradas na capital paranaense. Desde o início do histórico de medições, em 2 de março, esse foi o segundo maior valor identificado no esgoto curitibano. Apenas em 27 de abril houve uma carga viral maior: 19,8 trilhões de cópias por dia.

Em termos de concentração do novo coronavírus no esgoto de Curitiba, em quatro dos cinco pontos monitorados foi observada uma concentração acima de 25 mil cópias do vírus por litro nas amostras coletadas na semana epidemiológica 19 (9 a 15 de maio): nas ETEs Belém, Padilha Sul, CIC Xisto e Santa Quitéria, que recebem o esgoto de mais de 612 mil pessoas. Somente na ETE Atuba Sul, que recebe esgoto de aproximadamente 52 mil habitantes, a concentração ficou entre 4 mil e 25 mil cópias. Já na semana 18 (2 a 8 de maio), três dos cinco pontos registraram concentração acima de 25 mil cópias – patamar elevado.

Para o Rio de Janeiro, os resultados de cargas virais no esgoto ainda não estão disponíveis e a mensuração se dá com base nas concentrações, em milhares de cópias do novo coronavírus por litro, tanto nas ETEs quanto nas estações elevatórias de esgoto (EEE) monitoradas. Os resultados das últimas semanas têm apontado para uma tendência de aumento nas concentrações do novo coronavírus no esgoto da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conforme pode ser percebido nos gráficos de cada ponto que constam do Boletim nº 01/2021.

Além disso, as concentrações estão elevadas – acima de 25 mil cópias do vírus por litro – em todos os dez pontos monitorados, sendo quatro ETEs na capital fluminense (Alegria, Barra, Penha e Vargem Grande), uma em São Gonçalo (ETE São Gonçalo) e uma em São João de Meriti (ETE Sarapuí). Ainda na capital, nas estações elevatórias Leblon e André Azevedo, assim como nas ETEs Pavuna e ETIG, as concentrações estão em níveis elevados. Esse situação se manteve nas semanas epidemiológicas 18 (2 a 8 de maio) e 19 (9 a 15 de maio).

A Rede Monitoramento COVID Esgotos, lançada em webinar realizado em 16 de abril, acompanhará as cargas virais e concentrações do novo coronavírus no esgoto de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Esse trabalho, uma das maiores iniciativas brasileiras de monitoramento da COVID-19 no esgoto, busca fornecer subsídios para auxiliar a tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia atual.

O Boletim 01/2021 da Rede se soma aos 34 Boletins de Acompanhamento produzidos no contexto do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, realizado com base em amostras de esgotos em Belo Horizonte e Contagem (MG). As lições aprendidas com o projeto-piloto são a base para os trabalhos da Rede.

Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos

A Rede Monitoramento COVID Esgotos tem o objetivo de acompanhar a presença do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário de seis capitais e cidades que integram as regiões metropolitanas de: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. A rede busca ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia de COVID-19. Nesse sentido, os resultados gerados sobre a ocorrência do novo coronavírus no esgoto das cidades em questão podem auxiliar na tomada de decisões por parte das autoridades locais de saúde.

Com os estudos, o grupo pretende identificar tendências e alterações na ocorrência do vírus no esgoto das diferentes regiões monitoradas, o que pode ajudar a entender a dinâmica de circulação do vírus. Outra linha de atuação é o mapeamento do esgoto para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos, por exemplo.

A vigilância do novo coronavírus no esgoto também pode auxiliar nas tomadas de decisão relacionadas à manutenção ou flexibilização das medidas de controle para a disseminação da COVID-19. Também pode fornecer alertas precoces dos riscos de aumento de incidência do vírus de forma regionalizada.

A Rede é coordenada pela ANA e INCT ETEs Sustentáveis com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com os seguintes parceiros: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, a Rede conta com a parceria de companhias de saneamento locais e secretarias estaduais de Saúde.

 

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